segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pesquisa revela que 87% da comunidade escolar têm preconceito contra homossexuais

Nas escolas públicas brasileiras, 87% da comunidade – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais. O dado faz parte de pesquisa divulgada recentemente pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e revela um problema que estudantes e educadores homossexuais, bissexuais e travestis enfrentam diariamente nas escolas: a homofobia.

O levantamento foi realizado com base em entrevistas feitas com 18,5 mil alunos, pais, professores, diretores e funcionários, de 501 unidades de ensino de todo o país.

“A violência dura, relacionada a armas, gangues e brigas, é visível. Já o preconceito a escola tem muita dificuldade de perceber porque não existe diálogo. Isso é empurrado para debaixo do tapete, o que impera é a lei é a do silêncio”, destaca a socióloga e especialista em educação e violência, Miriam Abromovay.

Um estudo coordenado por ela e divulgado este ano indica que nas escolas públicas do Distrito Federal 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram não gostariam de estudar com homossexuais. Entre as meninas, o índice é de 14%. A socióloga acredita que o problema não ocorre apenas no DF, mas se repete em todo o país.

“Isso significa que existe uma forma única de se enxergar a sexualidade e ela é heterossexual. Um outro tipo de comportamento não é admitido na sociedade e consequentemente não é aceito no ambiente escolar. Mas a escola deveria ser um lugar de diversidade, ela teria que combater em vez de aceitar e reproduzir”, defende.

A coordenadora-geral de Direitos Humanos do Ministério da Educação (MEC), Rosiléa Wille, também avalia que a escola não sabe lidar com as diferenças. “Você tem que estar dentro de um padrão de normalidade e, quando o aluno foge disso, não é bem-compreendido naquele espaço.”

Desde 2005 o MEC vem implementando várias ações contra esse tipo de preconceito, dentro do programa Brasil sem Homofobia. As principais estratégias são produzir material didático específico e formar professores para trabalhar com a temática, já que seu despreparo é apontado como potencializador do problema.

Na avaliação da coordenadora-geral de Diretos Humanos do MEC, Rosiléa Wille, o professor reproduz comportamentos discriminatórios porque não foi educado para a diversidade. Ela defende que, além de capacitar quem já leciona, é necessário modificar a formação inicial desses profissionais.

De acordo com o MEC, desde 2005 cerca de 20 mil docentes participaram de cursos de formação sobre a temática. “Você tem uma forma de interferir no cotidiano da escola por meio do professor, que é um ator fundamental dentro do processo educacional”, avalia Rosiléa.

A religião de professores ou da equipe pedagógica da escola também costuma interferir no tratamento dispensado a alunos homossexuais. O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, diz que muitos educadores levam para a escola “seus conceitos religiosos e fundamentalistas”. Ele defende que uma capacitação para a educação sexual, em seu sentido mais amplo, facilitaria a compreensão.

A psicóloga especialista em sexualidade da Universidade Católica de Brasília (UCB) Claudiene Santos, que trabalha com formação de professores para a temática da diversidade sexual, diz que os resultados dos cursos são muitos positivos. Alguns abandonam a capacitação porque têm dificuldade de lidar com o tema.

Desinformação

“Muitos profissionais de educação ainda acham que a homossexualidade é uma doença que precisa ser tratada e encaminham o aluno para um psicólogo. Por isso nós temos pressionado os governos nas esferas federal, estadual e municipal para que criem ações de combate ao preconceito”, explica o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis.

As piadas preconceituosas, os cochichos nos corredores, as exclusões em atividades escolares e até mesmo as agressões físicas contra alunos homossexuais têm impacto direto na autoestima e no rendimento escolar desses jovens. Em casos extremos, os estudantes preferem interromper os estudos.

“Esse aluno desenvolve um ódio pela escola. Para quem sofre violência, independentemente do tipo, aquele espaço vira um inferno. Imagina ir todo dia a um lugar onde você vai ser violentado, xingado. Quem é violentado não aprende”, alerta o educador Beto de Jesus, representante na América Latina da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA).

Especialistas acreditam que, para combater a homofobia, a escola precisa encarar o desafio em parceria com o Poder Público. “A escola precisa sair da lei do silêncio. Todos os municípios e estados precisam destampar a panela de pressão, fazer um diagnóstico para poder elaborar suas políticas públicas”, recomenda Miriam Abromovay.

Para Rosiléa Wille, o enfrentamento do preconceito não depende apenas da escola, mas deve ser um esforço de toda a sociedade. “A gente está tendo a coragem de se olhar e ver onde estão as nossas fragilidades, perceber que a forma como se tem agido na escola reforça a rejeição ao outro. Temos uma responsabilidade e um compromisso porque estamos formando nossas crianças e adolescentes. Mas o Legislativo, o Judiciário, a mídia, todas as instâncias da sociedade deveriam se olhar também.”

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 23 de julho de 2009

USP promove a 4ª Feira de Profissões

USP promove a 4ª Feira de Profissões

Estudantes vão receber informações sobre os mais de 230 cursos de graduação

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (USP) realiza a 4ª Feira de Profissões - USP, no Pavilhão da Criatividade do Memorial da América Latina, entre os dias 4, 5 e 6 de agosto, das 9h30 às 16h30. A entrada é gratuita.

Os estudantes vão receber informações sobre os mais de 230 cursos de graduação da maior universidade do País, nas áreas biológicas, exatas e humanas, oferecidos nas cidades de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e São Paulo. Além disso, eles poderão conhecer as atividades de cultura e extensão desenvolvidas pela USP em seus museus e órgãos.

O objetivo da feira é que professores, funcionários e alunos da Universidade apresentem aos vestibulandos, principalmente aos egressos das escolas públicas e de cursos pré-vestibulares, as possibilidades de formação profissional que a USP oferece.

Haverá um estande especial onde os interessados poderão receber orientações sobre a inscrição e solicitar isenção de taxa do vestibular Fuvest 2010. Os estudantes poderão também conhecer as ações do Inclusp, programa que tem por objetivo ampliar o acesso dos estudantes de escolas públicas ao ensino superior, bem como apoiar sua permanência na universidade.

Grupos de escolas devem fazer inscrição pelo site da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária.

Mais informações: (11) 3091-3511 / 3349, email proacult@usp.br, site www.usp.br/prc

Fonte: Assessoria USP

Unesp divulga lista de aprovados do vestibular de inverno 2009

Unesp divulga lista de aprovados do vestibular de inverno 2009

Quase 8.000 candidatos concorreram a 630 vagas no processo seletivo

A Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho (Unesp) acaba de divulgar a lista de aprovados no seu vestibular Unesp Meio de Ano 2009. Os 630 candidatos convocados deverão realizar matrícula no dia 27 de julho, na unidade onde é oferecido o curso para o qual se inscreveram.

A Unesp também divulga a lista de espera que tem 1.263 candidatos. Eles deverão declarar interesse por vaga remanescente no dia 28 de julho, por meio do site (http://www.vunesp.com.br ), onde no dia seguinte será divulgada a lista de convocação para matrícula da lista de espera. Os convocados dessa lista deverão se matricular em 31 de julho. Os documentos exigidos para matrícula podem ser consultados no manual do candidato, disponível neste site.

Informações sobre desempenho, convocados para matrícula, lista de espera, gabarito das provas, manual do candidato e resolução da prova podem ser consultadas no site da Vunesp.

Concorrência

Os cursos mais concorridos por área são agronomia, em Ilha Solteira, na área de biológicas, com 12,7 candidatos por vaga; engenharia de produção, em Bauru, na área de exatas, com 28,1 candidato/vaga; e administração, em Jaboticabal, em humanidades, com 15 candidato/vaga.

Fonte: Unesp

SP oferecerá 40 mil vagas para cursos profissionalizantes gratuitos

SP oferecerá 40 mil vagas para cursos profissionalizantes gratuitos

Pela primeira vez, os alunos receberão bolsa auxílio; valor será de R$ 210,00

Para reduzir o índice de desemprego, o Governo, por meio do Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ), vai oferecer 40 mil vagas para cursos profissionalizantes gratuitos. Os alunos vão receber bolsa auxílio de R$ 210,00 - esta é a primeira vez que esse benefício será concedido pelo programa.

"O importante é dar apoio ao trabalhador desempregado. Durante o período em que não está recebendo seguro desemprego, ele pode fazer um curso de qualificação com bolsa auxílio", diz o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. "Ao final das aulas, a empregabilidade dele vai aumentar porque vai se tornar mais qualificado", completa.

Os cursos abrangem as áreas de vendas, administração, indústria, construção civil, telemarketing, limpeza, informática, segurança e atendimento ao cliente. Eles foram preparados de acordo com as demandas de cada município.

As inscrições podem ser feitas num Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) ou pelo site www.empregasaopaulo.sp.gov.br . Terão prioridade para conseguir uma vaga no curso trabalhadores de 30 a 59 anos, desempregado, sem seguro-desemprego, com família e ensino fundamental incompleto.

As aulas terão início em agosto. Além da bolsa auxílio, os alunos receberão lanche e material didático.

Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo

Gilmar Mendes pede informações em ação que questiona cotas raciais no DF

Gilmar Mendes pede informações em ação que questiona cotas raciais no DF

Da Redação UOL - 22/07/2009 - 14h27

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, pediu informações à AGU (Advocacia Geral da União) e à PGR (Procuradoria Geral da República) para que emitam parecer sobre a ação ajuizada pelo partido DEM (Democratas) que questiona a utilização do parâmetro de cotas raciais no vestibular da UnB (Universidade de Brasília).

Segundo o STF, em cinco dias a AGU e a PGR deverão se manifestar quanto à política de cotas raciais, adotada por diversas universidades públicas. Após a chegada desses pareceres, Gilmar Mendes poderá analisar o pedido de liminar ou, caso esteja encerrado o período de férias forenses (mês de julho), a ação será distribuída à relatoria de um dos ministros, para que seja julgada no Plenário do STF, que retoma suas atividades no próximo dia 3.

A instituição de cotas raciais na UnB foi objeto da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 186 ajuizada nesta segunda-feira (20/7), com pedido de suspensão liminar, pelo Democratas no STF. O partido busca a declaração de inconstitucionalidade de atos do poder público que resultaram na instituição de cotas raciais na universidade.

O DEM assevera que acontecerão danos irreparáveis se a matrícula na universidade for realizada pelos candidatos aprovados com base nas cotas raciais, “a partir de critérios dissimulados, inconstitucionais e pretensiosos da Comissão Racial”. “A ofensa aos estudantes preteridos porque não pertencem à raça “certa” é manifesta e demanda resposta urgente do Judiciário”, argumenta o partido.

Os advogados do partido ressaltam que estão sendo violados diversos preceitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal de 1988. São eles: os princípios republicano e da dignidade da pessoa humana; dispositivo constitucional que veda o preconceito de cor e a discriminação; repúdio ao racismo; Igualdade, Legalidade, direito à informação dos órgãos públicos, combate ao racismo e devido processo legal.

Por essas razões, o partido pede a concessão da medida liminar pelo STF a fim de suspender a realização da matrícula dos alunos aprovados mediante o sistema universal e o sistema de cotas para negros na UnB, prevista para os próximos dias 23 e 24 de julho de 2009.

O DEM requer que o Cespe divulgue nova listagem de aprovados, a partir das notas de cada candidato, independentemente do critério racial, determinando que somente após essa divulgação os alunos realizem a matrícula, obedecendo à classificação universal.

http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/GILMAR+MENDES+PEDE+INFORMACOES+EM+ACAO+QUE+QUESTIONA+COTAS+RACIAIS+NO+DF_64893.shtml